terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Presépio 2006





No dia seguinte, sábado, pelas 9 horas, começamos a construir o presépio. Como ainda não nos tinha surgido nenhuma ideia, começamos por transportar todo o material de que precisávamos para a Igreja, desde o musgo, figuras do presépio, pedras, a piscina, a cabana, panos,...e material de limpeza, pois nós limpamos tudo o que sujamos!
Primeiro colocamos a cabana e tentamos decorá-la da melhor forma e depois foi a vez do musgo, que apesar de parecer pouco acabou por sobrar. Enquanto alguns andavam fatigados de um lado para o outro com baldes de água para encher a piscina, outros esforçavam-se por decorar da melhor forma o presépio e colocar as imagens.
A construção do presépio durou a manhã toda, não éramos muitos mas éramos os suficientes! E, por isso, quero desde já, dar uma palavrinha de gratidão, não só aos que foram e que pertenciam ao grupo de jovens, mas também àqueles que, apesar de não se encontrarem de momento no grupo, deram um pouco de si nessa manhã deixando as suas vidas para trás e entregando-se à construção do “maravilhoso” presépio que se encontra desde o dia 2 de Dezembro na Igreja. Pode não ser o presépio mais bonito que construímos até hoje, mas é de certeza um presépio construído com amor e muita dedicação...
Para o próximo Natal espero que haja mais participação da parte de todos, deixando aqui um convite a todos os paroquianos, pois o presépio é para todos nós, desde crianças, jovens, adultos e idosos.
Venham construir o presépio connosco...

Voltar a viver, ou seja, Reviver!

Este é um dos editoriais mais difíceis de escrever… Há uma tristeza imensa dentro de nós, que torna vazio qualquer raciocínio.

Apesar disso, no mês de Novembro houve boas coisas para recordar. Uma delas, foi a magnífica entrevista feita ao nosso Padre, José Carlos, onde se pode encontrar algumas (boas) revelações, onde se revive os primeiros tempos de paroquialidade.
O amigo oculto iniciou-se e, diga-se, em grande estilo… A fazer reviver os “velhos” tempos!

O Magusto não foi celebrado, pois não havia motivos para grandes alegrias, embora, talvez servisse de “arranque” para um novo rumo. Porque deste mês em diante nada será como dantes… As nossas acções trarão recordações. Será o Reviver de emoções.

Novembro foi de contrastes: um calor intenso inicial, deu lugar ao dilúvio no final do mês. Mais uma prova de que o clima está a mudar, e mais um alerta para todos nós. Temos que cuidar do ambiente!

Por isso, a Fonte do Amieiro sofreu remodelações, na esperança de se encontrar a origem da poluição. Descobriu-se que é na própria nascente que se encontra o grande problema. E podemos ser nós, cidadãos, a “matar” ou a “curar” a nossa fonte mais querida, que tanta saudade nos traz. Para além de ser um local onde a natureza espalha charme, a Fonte do Amieiro é parte da nossa história. Portanto, temos a obrigação de a preservar enquanto é possível e trazê-la de novo “à vida”.

Ao entrar no Advento, espalha-se em nós um sentido de responsabilidade para com Jesus, em que Lhe prestamos preces e aconchegámos o coração junto de quem mais amamos. É o espírito natalício a querer brotar e a gritar vida em todos os olhares.
A luz que seguimos, é a nossa esperança. A nossa salvação. O nosso auxílio. A nossa paixão. “Essa luz pequenina, vou deixá-la brilhar (…) dentro de mim” e resta-nos olhar para a frente e acreditar que melhor é possível.

Reviver é recordar. E quem não tem recordações, não tem coração

São Martinho de Introspecção

Tudo agendado para mais uma vez festejarmos o São Martinho, o local escolhido - São Jacinto, o seguro feito, a ementa escolhida, tudo parecia ser mais um fim de semana divertido para nós. Festejamos este dia sempre com alegria e diversão mas nunca deixando de parte a história e testemunho de fé deixado por este Santo, todos se devem recordar do seu gesto nobre quando dividiu a sua capa com o pobre que jazia de frio na berma da estrada.
Pois é, mas tudo não passou de uma programação, não houve diversão mas houve partilha, a nossa alegria transformou-se em capa que foi preciso rasgar ao meio como a de Martinho. Não tínhamos um mendigo que jazia de frio, mas tínhamos um amigo com quem tínhamos que partilhar a nossa capa, a capa da esperança e da alegria, dos momentos vividos e recordados. Trocamos a diversão dos jogos, por cânticos de esperança, a nossa ementa pela Eucaristia, o sabor da jeropiga por lágrimas salgadas, no futuro será sempre mais um dia de São Marinho para recordar. Passados muitos séculos ainda lembramos o testemunho de fé dado por Martinho, assim será até um dia, onde recordaremos a fé de um campeão.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Apanha do Musgo - Serra da Freita 2006




















A construção do presépio teve início com a apanha do musgo que se realizou durante o dia 1 de Dezembro, dia da Restauração da Independência, na Serra da Freita.
Partimos por volta das 9horas e, embora não fossemos muitos, éramos os suficientes para um bom convívio. Quando chegamos, deparamo-nos com o frio característico da Serra, pegamos nos agasalhos e metemos mãos à obra. Enquanto os homens iam à procura do musgo (que estava bem escondido), as mulheres encarregaram-se do doloroso trabalho de temperar as febras (eram 45...!). O musgo parecia nos ter pregado uma partida, não era muito, então tiveram de mudar de local à procura de mais musgo, enquanto as mulheres, essas tinham o “merecido” descanso (!), no aconchego do carro a jogar às cartas e também aproveitaram para dar uns toques na bola!
Por volta da meia hora começaram-se a grelhar as febras (a barriga já começava a dar horas!). Quando os homens chegaram com o musgo todo, fomos para o desejado almoço, que até fila teve pelas febras! Este foi bastante picante, principalmente para os que se deliciaram com o piripiri (hum...!). Aproveitamos o almoço para descansar, conviver, pregar umas partidas bem picantes, uma das quais não correu muito bem, era uma fatia de bolo-rei com piripiri para o Feliciano, porém quem acabou por a comer por engano foi o Marques (espero que te tenha caído bem...!J).
Acabado o almoço decidimos ir dar uma caminhada (que muito nos esperava). Metemo-nos todos à estrada a pé (com excepção da “Pedra Filosofal”!). Pelo caminho pregamos umas partidas, encontramos ovelhas, cães, touros (que assustaram algumas raparigas!), admiramos paisagens magníficas que transmitiam uma enorme serenidade e nos demonstrava a beleza da natureza. A caminhada serviu para nos aquecermos, já que o frio não nos largava. Enquanto caminhávamos, tivemos a sorte de ter o apoio psicológico do Rui que nos acompanhava quentinho no seu maravilhoso Jipe! Já lá ia uma hora de caminho, uns queriam voltar mas outros estavam cheios de energia e queriam continuar (talvez fossem os efeitos do piripiri)! Lá fomos nós, parecia que andávamos perdidos na serra e, para voltar, metemo-nos pelo meio de rochas, avançamos pequenos rios (a saltar), pontes, muros, parecia que não tinha fim! Uns reclamavam porque nunca mais chegávamos e outros aproveitaram para tirar fotografias àquelas belas paisagens. Depois de duas horas de caminhada chegamos ao destino tanto pretendido por alguns! Lanchamos e arrumamos tudo, deixando tudo tão ou mais limpo do que o que estava quando chegamos. Agora o nosso destino era S. Miguel de Souto...
Embora já um pouco fatigados, ainda fomos dobrar os jornais (“O Reviver”), satisfeitos pelo fantástico dia passado no meio do ar puro e da beleza das paisagens que a Natureza, que tanto destruímos, nos tem para oferecer